Brasília, 29/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Marcos Lisboa, afirmou hoje em entrevista que nunca o país tinha vivido um equilíbrio nas contas externas como agora, depois de sair de uma crise, como a que o governo encontrou ao assumir.
Ao comentar os dados do Boletim de Acompanhamento Econômico de setembro, divulgado hoje, Lisboa afirmou que um dos pontos de equilíbrio mais favoráveis para o governo é o aumento da poupança pública, composta pelas receitas líquidas, mais investimentos, excluídos transferências e juros. É, segundo afirmou, a forma do governo fazer mais investimentos ampliando as atividades do setor público com estabilidade.
O resultado, apurado em agosto, para a poupança em conta corrente do Governo Central (Tesouro, Previdência Social e Banco Central) acumulada em 12 meses, segundo o secretário, atingiu o maior valor dos últimos quatro anos para este mês, alcançando 3,5% do PIB.
Ele avaliou que as medidas de ajuste fiscal adotadas pelo governo para que o país saísse rapidamente da crise foram boas. O Boletim de Acompanhamento Fiscal, divulgado, reprisa o resultado primário do setor público consolidado nos últimos anos, para dizer que em 2003 as diretrizes da política fiscal sinalizaram desde o princípio do ano o firme propósito do governo em garantir a consistência de médio e longo prazo das contas públicas e promover uma melhoria da qualidade do ajuste fiscal realizado nos últimos anos.
A fixação pelo governo de metas de superávit primario (receita menos despesas, exceto pagamento de juros) para os próximos anos, de 4,25% do PIB, sendo 2,45% para o governo central, 0,7% para as estatais federais e 1,1% para os governos subnacionais, demonstra o compromisso de redução do endividamento do setor público em proporção ao Produto Interno Bruto (PIB), sendo o pilar básico para a estabilidade econômica.