Brasília, 25/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - O tenista brasileiro Clayton Almeida começa seu quarto semestre como jogador da Winthrop University, no estado norte-americano de Carolina do Sul. Depois de ter sido nomeado o Rookie do Ano em 2002, Clayton consolida sua posição como um dos melhores jogadores do país, ao conquistar a 80ª posição no ranking de pré-temporada da Intercollegiate Tennis Association (ITA), colocando a Winthrop pela primeira vez no ranking nacional de tenistas universitários.
"É uma grande honra e uma alegria imensa ter sido votado para este ranking", diz Clayton. Mais importante ainda é saber que esta lista, que é compilada no início de cada temporada individual no tênis universitário norte-americano, é toda votada pelos próprios técnicos.
"Tem sido um trabalho muito duro aqui na Winthrop, mas a orientação do (técnico) Cid (Carvalho) tem sido fundamental para esta evolução, que é do grupo como um todo", explica Clayton, que foi para a universidade norte-americana em janeiro de 2002, com a ajuda da Fundação Estudar.
Na temporada 2003/2004, o objetivo de Clayton Almeida é chegar ainda mais longe. "Ano passado, joguei o qualifying do All-American, torneio que reúne os melhores tenistas universitários dos EUA e que pode me levar a disputar uma vaga para a chave principal do US Open. Este ano, pretendo chegar ao menos às quartas-de-final" afirma, confiante.
Pela evolução de seus resultados, se estiver até a posição de número 50, o tenista, de 22 anos, consegue o lugar na chave principal do torneio, que marca a passagem da temporada individual para a temporada de confrontos por equipes nos EUA. "Dá pra chegar lá. É só focar e jogar como venho jogando".
Se a alegria de ter sido incluído no ranking de pré-temporada da ITA não bastasse, Clayton teve ainda outra grande surpresa. Atuando como instrutor de tênis em um clube de Nova Iorque, ao lado da também brasileira Danielle Moita, o tenista teve a chance de jogar com duas lendas do mundo do tênis: Martina Navratilova e Richard Krajicek.
"Foi maravilhoso. Navratilova e Krajicek estavam treinando para um torneio beneficente durante o US Open e acabamos fazendo duplas mistas. Foi uma verdadeira aula, ver como o domínio da bola e a potência dos golpes não diminuem com a idade’, conta Clayton, que jogou e venceu ao lado de Navratilova, contra a dupla Moita/Krajicek.
A brasileira, que também integra a equipe da Winthrop University, conta que saiu maravilhada. "Foi um jogo que não esquecerei jamais. Ali estavam dois campeões de Grand Slam, que nos trataram muito bem, sem estrelismos nem nada", conta a carioca, que está em seu primeiro semestre na universidade americana.