Brasília - O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, e o presidente do Instituto Nacional do Desporto de Cuba, Humberto Rodriguez, fecharam acordo, em Havana, para o desenvolvimento do esporte brasileiro e, em contrapartida, do futebol cubano. Participaram das reuniões que fecharam o acordo o chefe de missão do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, Marcus Vinícius Freire, o diretor de Atividades Financeiras do COB, Edson Menezes, além dos presidentes da Confederação Brasileira de Canoagem, João Tomasini, de Ciclismo, Bruno Caloi, e do Vitória-BA, Paulo Carneiro.
Ficou acertado que uma equipe composta por oito especialistas cubanos irá a Brasília, em outubro, para fazer um diagnóstico do desporto escolar no Brasil. Depois disso, será estabelecida uma linha de ação para aproveitamento e desenvolvimento de jovens atletas. A contribuição brasileira viria com o envio de técnicos de futebol que estudariam a estrutura cubana para estabelecer metas de desenvolvimento da modalidade na Ilha. "Fizemos algumas visitas para saber como é feito o trabalho na escola, como eles exploram, filtram e desenvolvem os talentos. A partir daí, foi estabelecido o acordo", comentou Marcus Vinícius Freire.
Além disso, a delegação brasileira volta com algumas propostas. Uma delas é a contratação de treinadores cubanos pelas Confederações Brasileiras Desportivas. Segundo Marcus Vinícius, o COB estuda o aproveitamento de técnicos na luta olímpica (livre e greco-romana), boxe, levantamento de peso e esgrima. Cuba propôs também a participação de duplas de vôlei de praia no Circuito Nacional e de atletas brasileiros para disputar a Olimpíada Nacional de 2004, principal evento esportivo do calendário cubano.
Por fim, os cubanos se colocaram à disposição do Comitê Olímpico Brasileiro para ajudar na organização dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, baseados na experiência obtida no Pan de Havana-91. "Fico feliz com esse intercâmbio, já que a experiência de Cuba nessa área é grande e tem muito a oferecer ao esporte brasileiro. Estamos buscando uma das melhores referências possíveis para aprimorar o nosso desenvolvimento", explicou o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.