Brasília - A Secretaria de Comunicação de Governo (Secom) divulgou há pouco nota oficial para rebater as acusações, publicadas hoje pelo jornal Folha de S. Paulo, de que o órgão estaria aplicando dinheiro público para o pagamento do publicitário Duda Mendonça em programas eleitorais do Partido dos Trabalhadores (PT). A notícia foi motivada pelas duras críticas feitas pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, que considera promíscuas as relações do governo com o publicitário.
Na nota, a Secom garante que a agência de Duda Mendonça é uma das contratadas por licitação para realizar ações de publicidade institucional do governo. Além disso, a Secom desmente que o publicitário vai ser o responsável pela coordenação e integração da publicidade de todos os órgãos federais. "O publicitário Duda Mendonça, dentro das limitações e atribuições intrínsecas ao contrato firmado, atuará como interlocutor da Secom na definição da estratégica de comunicação, no sentido de garantir unidade no discurso publicitário e evitar pulverização de ações. Essa atuação não implica nenhum custo adicional ao erário", garante a nota.
A Secom lembra ainda que a partir deste ano centraliza as verbas para publicidade institucional, que antes da posse do presidente Lula eram prerrogativa de cada Ministério e de algumas entidades vinculadas ao governo. "É natural e necessário que as agências encarregadas da produção das campanhas institucionais, sempre sob a estrita coordenação da Secom, busquem subsídios junto aos diversos órgãos para preparar as ações publicitárias", enfatiza a nota, ao reiterar que a Secom vai continuar "cumprindo suas atribuições legais de executora das ações de publicidade institucional".
Gabriela Guerreiro