Nova York (EUA), 23/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, classificou há pouco de muito boa a repercussão da proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu discurso na ONU, de criar um comitê no âmbito das Nações Unidas, com a participação de chefes de Estado e de Governo, para combater a fome.
Segundo Dulci, essa repercussão é positiva e veio de vários presidentes e de embaixadores de países da ONU. Isso aconteceu, segundo o ministro da Secretaria Geral, por se tratar de um comitê de chefes de Estado e de Governo, mas que não trabalharia em paralelo com a Organização das Nações Unidas, pois estaria dentro da organização. "Isso fortalece muito a ONU. Agrega autoridade política e representatividade. E a ONU deseja muito isso hoje, deseja muito respaldo para cumprir a sua missão", destacou Dulci.
A Noruega e a Suécia, segundo o ministro Luiz Dulci, já se manifestaram no sentido de contribuir com contribuições "expressivas" para que esse fundo funcione. "Propostas existem, como disse o presidente Lula. Só que elas não estavam funcionando. Fundos existem, mas ninguém depositava, então os fundos perdiam sentido. O que nós pudemos perceber é que há vários países, países com governo de esquerda, mas também países com governos conservadores até, que se dispõem a contribuir para que esse Fundo de Combate à Fome tenha, a partir de agora, vigência e dê o salto de qualidade que o presidente propôs no combate à fome", disse Luiz Dulci.
Luiz Dulci disse que essa proposta de criação do comitê só faz sentido se for implementada com agilidade. "O presidente Lula, antes de voltar ao Brasil, vai conversar com o secretário Kofi Annan, exatamente sobre a concretização dessa proposta. Porque há países querendo doar, e doar quantias expressivas, há grandes empresas do mundo querendo doar, há personalidades importantes, inclusive artísticas, querendo contribuir. Então, a definição precisa ser muito rápida, para que todo esse entusiasmo que a proposta do presidente Lula despertou não seja disperdiçado, não se perca por excesso de burocracia", ressaltou Dulci.
"A grande novidade da proposta do presidente Lula anunciada na Assembléia da ONU é justamente a de criar um comitê de chefes de Estado e de governo de todos os continentes, que vai se engajar diretamente para concretizar a proposta do Fundo. Proposta de fundos já existiam, só que, da maneira que o presidente Lula propôs, importantes líderes mundiais estarão diretamente comprometidos em fazer essa proposta se tornar realidade. Então a proposta se tornou muito mais prática, mas eficaz do que já era na sua versão original", concluiu.