Rio, 23/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - A partir de sexta-feira (26), o Rio de Janeiro se transforma na capital do cinema. Durante 15 dias, celebridades internacionais, brasileiras e representantes da indústria cinematográfica de vários países estarão na cidade para apresentar seus filmes e debater as tendências da produção audiovisual. Patrocinado pela prefeitura do Rio e pela Petrobras Distribuidora, o Festival do Rio 2003 exibirá cerca de 300 filmes estrangeiros e nacionais em um circuito ampliado: além da Praia de Copacabana e das 30 salas de cinema espalhadas pela cidade, também haverá sessões nas seis lonas culturais da prefeitura em Anchieta, Campo Grande, Realengo, Bangu, Vista Alegre e Guadalupe.
Orson Welles, Mario Monicelli e o personagem Mickey Mouse serão homenageados com sessões especiais, entre as 20 mostras do Festival, nas quais os filmes de "não-ficção" ganharam destaque: nos Documentários sobre quem faz cinema, na Mostra Olhos Negros - Black Docs, nos Retratos de personalidades da história e da cultura brasileiras e nos documentários em competição na Première Brasil.
Na linha da ousadia e da produção independente, destacam-se as mostras Loucos por Cinema, em que "outsiders" (não profissionais) fazem um cinema desenquadrado do sistema, e Limites e Fronteiras, com as mais recentes produções de cineastas palestinos. Sem contar a Expectativa, com filmes de diretores que despontam no circuito internacional, e as supresas da Première Latina, com produções da Argentina, México, Cuba, entre outros.
A festa dos cinéfilos terá também longas de diretores consagrados como Gus Van Sant, Peter Greenaway, Carlos Saura, Neil Jordan, Paul Schraeder, Sofia Coppola; com a nova safra do cinema italiano - no Foco Itália; e também com as grandes pré-estréias do cinema nacional na mostra Première Brasil, e as disputadas sessões de meia-noite das mostras Mundo Gay e Midnight Movies, que mais uma vez transformarão o Odeon BR no Palácio do Festival
Outros destaques:
Panorama do Cinema Mundial: Elefante (Elephant), de Gus Van Sant, vencedor da Palma de Ouro de Cannes 2003; Seu irmão (Son Frère), de Patrice Chéreau (o mesmo diretor de Intimidade e A Rainha Margot); Urso de Prata de melhor diretor no Festival de Berlim de 2003; Aos Treze (Thirteen), de Catherine Hardwicke, melhor direção no Sundance 2003 (EUA) e prêmio do júri em Locarno (Suíça); Em nome de Deus (The Magdalene Sisters), de Peter Mullan, vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza de 2002.
Expectativa:
A Captura dos Friedmans (Capturing the Friedmans), de Andrew Jarecki, Grande Prêmio do Júri no Sundance Film Festival de 2003; Pieces of April (Pieces of April), de Peter Hedges, vencedor do Prêmio Especial do Júri no Sundance Film Festival de 2003; Rios e Marés (Rivers and Tides), de Thomas Riedelsheimer, vencedor do prêmio Golden Gate no Festival Internacional de São Francisco de 2002.
Foco Itália:
O Mais Belo Dia da Minha Vida (Il Piú Bel Giorno della mia Vita), de Cristina Comencini, Grande Prêmio das Américas no Festival de Montreal em 2002.
Première Latina:
Lugares Comuns (Lugares Comunes), de Adolfo Aristarain (Argentina/Espanha), vencedor dos prêmios de melhor atriz e de roteiro no Festival de San Sebastián de 2002. Participou da mostra competitiva do Festival de Gramado de 2003.
Mundo gay:
Mil Nuvens de Paz Cercam o Céu, Amor (Mil Nubes de Paz Cercan el Cielo, Amor, Jamás Acabarás de Ser Amor), de Julián Hernandez, vencedor do Teddy Bear, prêmio de melhor filme gay do Festival de Berlim de 2003; Uniformes Escaldantes (Yossi & Jagger/Yossi VeJagger), de Eytan Fox, vencedor do prêmio do público no Festival Gay de Turim de 2003.
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