Governo vai fiscalizar com rigor plantio de soja no Sul do país

23/09/2003 - 18h38

Porto Alegre, 23/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) , José Amauri Dimarzio, disse hoje, nesta capítal, que o governo vai fiscalizar com rigor o plantio das lavouras de soja nos três estados do Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). Ele avisou que quem não respeitar a lei que dispõe sobre a soja geneticamente modificada será punido com a perda das sementes transgênicas, com multa e ainda será processado por descumprimento de lei federal. Sobre a edição de uma medida provisória liberando o plantio de transgênicos, Amauri Dimarzio assinalou que não há nada de concreto sobre essa possiblidade.

Após entrevista no laboratório oficial do Mapa, em Porto Alegre, o ministro acompanhou uma demonstração feita por técnicos do ministério aos jornalistas, monstrando como se identifica espécies de soja que sofreram processo de transgenia.As amostras foram recolhidas em unidades beneficiadoras de sementes nos muncípios de Santa Maria, Passo Fundo e Ijuí.

Ao participar ontem à noite da abertura do 13º Congresso Brasileiro de Sementes, em Gramado, o ministro disse ter recebido a garantia da Associação dos Produtores de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apesul) de que existe no estado semente de soja convencional suficiente para atender os produtores gaúchos. Ele adiantou que mesmo que o governo venha a editar medida provisória autorizando o plantio e comercialização da soja transgênica, as lavouras terão que ser testadas pelo ministério para identificação da espécie e controle da rotulagem. "Cada teste custará cerca de R$ 40,00 por amostra. Iimaginem quanto custará testar todas as lavouras.Certamente quem pagará será o produtor", afirmou Dimarzio.

De acordo com ele, o ministério, por enquanto, está só alertando o produtor que possui a semente transgênica armazenada, mas não plantou, não cometendo, portanto, nenhum crime e poderá optar ainda pela semente convencional. Mas, após o plantio, aí sim, terá que assumir a responsabilidade, alertou o ministro.