Brasil sedia reunião de ministros do trabalho das Américas pela primeira vez

21/09/2003 - 8h34

Brasília, 21/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - Pela primeira vez, o Brasil sedia a Conferência Interamericana de Ministros do Trabalho. A cidade de Salvador (BA) será o centro dos debates sobre políticas econômicas voltadas para a geração de emprego e renda, com inclusão social, de 24 a 26 próximo, quando se realizade a13ª edição do evento da Organização dos Estados Americanos (OEA) com a participação de 34 ministros do continente.

O presidente Lula que, possivelmente não compareça devido à viagem a Cuba, deve enviar uma mensagem gravada aos participantes do encontro sobre a expectativa de que os países latino-americanos adotem como protagonista das questões internacionais os problemas em comum relacionados ao setor do trabalho.

O ministro do Trabalho e Emprego, Jaques Wagner, assume por dois anos, o exercício da presidência Pro-Tempore desse fórum. O cargo dá ao país importante papel de mobilização no continente e coincide com a terceira e última etapa das negociações para a formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), tornando-se, portanto, de notável importância para o país, pela expectativa de um acordo comercial hemisférico sobre o mercado de trabalho.

Além dos 34 Estados Membros da OEA, estarão presentes na Conferência representantes da Comissão Empresarial de Assessoramento Técnico em Assuntos Trabalhistas (Ceatal) e do Conselho Sindical de Assessoramento Técnico (Cosate), órgãos integrantes do Sistema Interamericano do Trabalho (Sit), e dirigentes de organizações regionais e internacionais, entre eles, o Secretário-Geral da OEA, Cesar Gaviria, do diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavía, e do vice-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid), Paulo Paiva.

Na Conferência, serão aprovados a Declaração de Salvador e o Plano de Ação, que constituem a base e a linha condutora dos esforços comuns dos países hemisféricos no período de 2003 a 2005. A Declaração de Salvador aponta os compromissos em torno de um projeto de desenvolvimento integral, que tem no trabalho um de seus alicerces. O Plano de Ação propõe iniciativas que oferecem contribuições à geração de oportunidades de trabalho e de bem-estar dos povos americanos.

Os países das Américas poderão intensificar a cooperação e compartilhar conhecimentos, experiências, avanços, no campo do trabalho e emprego para superar os obstáculos ao crescimento que poderão permitir a criação de postos de trabalho.

Nádia Faggiani