Brasília, 20/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Sociedade Hípica de Brasília, promove a partir de amanhã (21), o primeiro Festival Águia de Equoterapia. A equoterapia utiliza cavalos para ajudar no tratamento de crianças portadoras de necessidades especiais a desenvolver suas habilidades e a percepção. O festival pretende reunir mais de 150 participantes, que se apresentarão com os animais durante todo o domingo.

Segundo a secretária Joriza Ribeiro, sua filha Vanessa, de 14 anos, é portadora da Síndrome Artogripose Congênita, que dificulta a coordenação motora e causa atrasos na aprendizagem. Durante cerca de 50 minutos, o instrutor acompanha Vanessa num "passeio" que auxilia no desenvolvimento de suas habilidades.

De acordo com a mãe, o tratamento foi fundamental para que a menina pudesse construir o lógico, com início, meio e fim "Ela está muito melhor no aspecto de raciocínio. É claro que ela também tem a ajuda dos remédios, mas ajudou muito na percepção. Hoje, ela está muito mais centrada nas coisas e fala o que pensa", comemora Joriza.

Para a diretora da escola e organizadora do festival, Flávia Azevedo, o contato com a natureza proporciona dois tipos de tratamento: físico e psicológico. Por meio da terapia, todos os sentidos da criança são trabalhados. "O cavalo é o grande terapeuta, com ele, a criança eleva a auto-estima, desenvolve afetividade e a responsabilidade. Na parte física, ela ganha controle de tronco, equilíbrio e coordenação motora", explica.

A diretora ressalta, ainda, que um passeio comum, em princípio, é a chave para despertar o interesse das crianças. "A equoterapia é prazerosa. A gente aproveita o passeio a cavalo, esse momento de prazer, para estimulá-las ao máximo. Colocamos letras, números e também os estímulos da própria natureza para desenvolver essa criança", completa.

Apesar da equoterapia ser muito utilizada na infância e na adolescência, o tratamento pode ser indicado em qualquer idade.