São Paulo, 19/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - O adiamento da unificação dos programas sociais não tem a ver com dificuldades com governadores, com base do governo ou com a aprovação da reforma tributária. A afirmação foi feita hoje pelo presidente nacional do PT, José Genoino. Ele afirmou que o governo não está patinando na unificação e coordenação dos programas sociais, porque está bem articulado. Genoíno justificou o adiamento dizendo que é preciso garantir a eficiência do projeto, que será anunciado em semanas.
Embora tenha negado dificuldades com os governadores, Genoino salientou que como o governo não tem maioria dos governadores, nem dos prefeitos e, por isso, quer consultá-los e acertar a unificação dos programas. "Nós estamos fazendo um arremate final. Não tem nada a ver com dificuldades da base do governo, nem com os governadores", disse.
Genoíno afirmou que o aumento real do salário mínimo não é apenas uma questão de orçamento, mas também política. O ministro do Planejamento, Guido Mantega, admitiu ontem que o reajuste do mínimo pode ficar abaixo da inflação. Genoino afirmou que o governo vai lutar para cumprir o compromisso de campanha de dobrar o valor real do mínimo até o fim do mandato. Ele acrescentou que as discussões irão envolver governo e partidos aliados.
José Genoino participou, na capital paulista, de reunião com coordenadores das macrorregiões do partido no estado de São Paulo, visando as eleições de 2004. Ele afirmou que o PT busca ter candidatos competitivos, porque o objetivo é entrar para ganhar, e não fortalecer nomes visando eleições futuras. Genoino não quis dar declarações sobre a reforma ministerial, afirmando que o presidente Lula é quem define quem, quando e onde. "Não sei. Se soubesse não falaria, porque não é minha competência", brincou.