São Paulo, 17/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - O economista-chefe da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Roberto Luís Troster, disse há pouco que a redução da taxa básica de juros da economia (Selic), de 22% para 20% ao ano, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, ficou dentro das expectativas do mercado e "é muito bem-vinda". Segundo ele, a nova redução da Selic, pela quarta vez consecutiva, deverá proporcionar queda nas taxas de juros dos bancos. "As taxas bancárias, com certeza, vão cair mais que a taxa Selic", disse Troster, acrescentando que a medida reduz o custo da "matéria-prima" dos bancos (o dinheiro) e a inadimplência.

Outro impacto que a redução da Selic deverá ter, segundo Troster, é na maior oferta de crédito pelos bancos. "Quanto mais barato for o crédito, maior vai ser a oferta. Isso não vale só para o crédito, mas para qualquer mercadoria: quanto mais barata, maior a demanda", disse Troster.

Segundo o economista, "há espaço para novas quedas da Selic nos próximos meses e devemos terminar o ano em 17% ou 18%".