São Paulo, 17/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Justiça ordenou hoje à tarde sigilo no inquérito que investiga a morte do jornalista Andrea Carta, ocorrida na madrugada de ontem. O pedido de sigilo foi feito pela delegada responsável pelo caso, Elisabete Sato, titular do 78º DP dos Jardins. Segundo ela, o objetivo do sigilo seria dar mais tranqüilidade às investigações, já que se trata de um caso de grande repercussão na sociedade. A partir de agora, a imprensa não terá mais acesso a informações da investigação.
Duas testemunhas prestaram depoimento hoje, mas não tiveram os nomes e os conteúdos de suas declarações divulgados. O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Guimarães Marrey, determinou que os promotores Eduardo Araújo e Mariângela de Souza Balduíno acompanhem o caso. A polícia trabalha com as suposições de suicídio e queda acidental, mas não descarta nenhuma hipótese.
Andrea Carta caiu da sacada do apartamento de um amigo de infância, o empresário Rogério Fasano, no 5º andar de um prédio na região dos Jardins, em São Paulo. Segundo o zelador do edifício, Manuel José de Souza, Fasano teria dito que Carta ameaçou jogar-se da sacada. Fasano tentou contê-lo, mas ele se desvencilhou e pulou. Souza disse que subiu ao apartamento minutos depois e que não havia nenhum móvel ou objeto fora do lugar. A polícia foi avisada por volta das 2h30. O resultado da perícia deve demorar cerca de duas semanas.
Bruno Bocchini