Brasília - De forma gradual e consistente, o Fome Zero está implementando diversas iniciativas em dezenas de municípios do Rio Grande do Norte, entre elas, o Cartão Alimentação, ação emergencial que repassa R$ 50 às famílias carentes para a compra de alimentos. Em setembro, mais de 40 mil famílias do Rio Grande do Norte vão receber o Cartão Alimentação em 63 municípios do estado. São mais de 200 mil potiguares sendo beneficiados diretamente pelo Cartão.
Uma outra ação emergencial, a distribuição de cestas básicas para segmentos específicos da população, já começou a ser desenvolvida no estado. O Fome Zero prevê a distribuição das cestas para os quilombolas, para os acampados e para os indígenas. No Rio Grande do Norte, já foram entregues 363 toneladas de alimentos para 3.911 famílias de acampados e está prevista a distribuição de cestas para 315 famílias de três comunidades quilombolas localizadas em Capoeiras, Jatobá e Boa Vista dos Negros.
As crianças do Rio Grande do Norte também ganharam um forte aliado contra a desnutrição. Em parceria com o Ministério da Educação, o Ministério de Segurança Alimentar e Combate à Fome (MESA) repassou recursos para a merenda de 32,7 mil pequenos potiguares de 0 a 3 anos, que freqüentam 692 creches em todo o estado. É uma ação inédita no Brasil. O valor diário pago para cada criança é de R$ 0,18, em 250 dias letivos por ano. O investimento para as merendas nas creches é de R$ 1,5 milhão por ano.
Outra parceria com o MEC possibilitou o aumento no valor pago para o lanche das 73,5 mil crianças de 4 a 6 anos. Antes, eram pagos R$ 0,06 diários para cada aluno da pré-escola. Agora, são R$ 0,13, um investimento superior a R$ 1,9 milhão por ano. Somente com as crianças de 0 a 6 anos do Rio Grande do Norte, serão gastos R$ 3,4 milhões por ano. E com a certeza de que cada centavo valerá a pena. Isso porque a fase da primeira infância é a mais importante para o desenvolvimento da criança.
Além de levar segurança alimentar aos potiguares adultos e crianças, por meio do Cartão Alimentação e da merenda escolar, o Programa Fome Zero vai dar importante colaboração para resolver o problema da seca. No Rio Grande do Norte serão construídas 1.693 cisternas com verbas do MESA e mais 1.401 com recursos da Febraban (Federação Brasileira de Bancos). A Organização Não Governamental ASA (Articulação do Semi-Árido) será a responsável por construir essas 3.094 cisternas. Um investimento total de R$ 4,56 milhões, sendo R$ 2,5 milhões do MESA e R$ 2 milhões da Febraban.
Outra ação importante do Fome Zero é o Programa de Aquisição da Agricultura Familiar, que tem como objetivo incentivar a produção agrícola dos pequenos produtores, desde o plantio até a comercialização. O Programa é composto por três ações: compra direta dos pequenos produtores, compra de produtos para estoques estratégicos e o programa do leite. O Programa do Leite pretende beneficiar os produtores que ordenham até 100 litros por dia. Apenas no Nordeste, 96% da produção leiteira vêm dos pequenos produtores. E o Rio Grande do Norte é um exemplo de que esse Programa dá certo.
O Fome Zero não é um programa apenas para acudir a urgência da fome. Trata-se também de um projeto que busca desenvolver várias ações estruturantes, que são determinantes no combate à exclusão social.
As informações são do site do Programa Fome Zero.
17/09/03