Membros do Conselho de Segurança da ONU condenam plano de expulsão de Arafat

16/09/2003 - 10h23

Agência Brasil com informações da ONU

Nova York - O Conselho de Segurança das Nações Unidas reuniu-se em sessão aberta, na sede da ONU, em Nova York, para debater mais uma vez a questão do Oriente Médio, agravada com a promessa de Israel de expulsar ou eliminar o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat.

O coordenador especial da ONU, Terje Roed Larsson, que apresentou ao Conselho seu relatório sobre a situação nos territórios palestinos, manifestou profundo desapontamento com a escalada da violência na região e a virtual paralização do processo de paz.

"Sinto-me desapontado em informar que desde a apresentação de meu último relatório ao Conselho de Segurança, em 19 de agosto, o processo de paz israelense-palestino encontra-se interrompido. A razão dessa paralisação está ligada ao ciclo de ataques terroristas, as mortes verificadas no Iraque, que prejudicam, profundamente, o processo de paz no Oriente Médio", disse o representante especial do Secretário-Geral.

Terje Roed Larsen afirmou ainda que "a combinação da violência e a lenta implementação do processo de paz conduziram a região à estaca zero".

"Estamos, mais uma vez, diante do dilema de saber se as partes voltarão a considerar o processo de paz ou se o conflito aumentará ainda mais", disse Roed Larsen.

A maioria dos países que fizeram o uso da palavra no Conselho condenou a decisão israelense de expulsar Yasser Arafat.

Para o embaixador da França, Jean-Marc de La Sablière, a decisão israelense é contrária à lei internacional.

"A decisão israelense de descartar Yasser Arafat, presidente legitimamente eleito da Autoridade Palestina, é contrária as regras elementares do direito internacional e também um grave erro político", afirmou o embaixador da França junto às Nações Unidas.

16/09/2003