Rio, 15/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - A proposta de reforma tributária vai significar aumento da carga de impostos para os supermercados, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Carlos de Oliveira. Ele explicou que a proposta prevê a redução da contribuição sobre a folha de salários de 20% para 11%, mas cria uma nova contribuição sobre a receita (faturamento) entre 2,3% e 2,75%, o que coloca na rubrica mão-de-obra aumento de quase 40%. Oliveira considerou que seria mais justo uma maior incidência de impostos sobre a renda do que sobre a produção. Ele sugeriu a definição de uma cesta de produtos essenciais, formada por 15 a 20 itens, na qual haveria a isenção de imposto.
A proposta da Abras foi encaminhada à equipe econômica do governo há um mês e agora estão começando as discussões. Durante a abertura da 37ª Convenção Nacional de Supermercados, no Riocentro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concordou que deve haver uma desoneração da cesta básica, com a incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em torno de 4%.