Rio, 15/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os 60 mil metalúrgicos do Rio programaram para amanhã (16) uma série de paralisações em protesto contra a proposta de reajuste salarial de 13%, apresentado pelo Grupo 19, da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Maurício Ramos, as paralisações começam nas multinacionais General Eletric, Wine Dresser e outras grandes empresas do setor. A categoria, em estado de greve, reivindica reposição salarial de 23,9%, incluindo aumento real de 5% e o fim do banco de horas, item que os empresários não aceitam negociar.

A proposta patronal representa um aumento real de 4% sobre o salário de outubro, data-base da categoria, uma vez que os metalúrgicos obtiveram antecipação de 9%, na campanha salarial de emergência, em maio. Maurício Ramos disse que a classe não abrirá mão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) integral para recompor as perdas no período. Ele prevê inicialmente a paralisação de dez grandes empresas do setor para fortalecer a próxima rodada de negociação, prevista para o dia 23 deste mês, às 10 horas, na sede da Firjan.