Thomaz Bastos acredita em negociação de plebiscito sobre desarmamento

14/09/2003 - 12h34

Rio, 14/09/2003 (Agência Brasil-ABr) - Apesar de não estar prevista no projeto final do Ministério da Justiça, a proposta de plebiscito sobre o desarmamento pode ser negociada, admitiu hoje, no Rio, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que apóia a idéia. Ele explicou que numa democracia, qualquer lei "é produto de negociação, de ajustes".

O ministro ressaltou a importância da mídia nesse processo. Referindo-se à passeata Brasil Sem Armas, da qual participou hoje, no Rio de Janeiro, Thomaz Bastos afirmou que as pessoas que ali estavam representam os 170 milhões de brasileiros que querem um Brasil seguro e, portanto, desarmado.

Em relação ao tráfico de armas, que teria elementos infiltrados nos quartéis, segundo denúncia do jornal O Globo, roubando armas e munições, o Ministro da Justiça declarou que o crime está contemplado no projeto do desarmamento e representa a punição mais alta dentro da sistemática das penas que estão no texto. É a pena do tráfico de armas proibidas ou de armas de uso restrito, que pode chegar a até 12 anos de prisão."É uma pena dura e que vai ser efetivamente aplicada", garantiu o ministro.