Brasília, 12/09/2003 (Agência Brasil - ABr) - Para tentar amenizar o clima de tensão entre os países ricos, pobres e em desenvolvimento, que tentam negociar avanços comerciais na V Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Cancún, no México, o Ministério das Relações Exteriores divulgou nota da delegação brasileira defendendo avanços nas negociações multilaterais sem conflitos diretos. "Torna-se ainda mais importante, neste momento, concentrar nossos esforços em tentativas de negociação e não voltar nossas energias para ataques a países ou a grupo de países", afirmou o Itamaraty por meio de nota.
A declaração oficial foi divulgada depois de representantes do G-21 - grupo liderado pelo Brasil e formado por países pobres e em desenvolvimento que defendem a liberalização do comércio agrícola mundial - terem rejeitado algumas das propostas da União Européia (UE) e dos Estados Unidos.
Faltando dois dias para o término das negociações em Cancún, a nota reforçou também a necessidade de avanços no comércio agrícola mundial."O Brasil está comprometido a trabalhar com vistas à conclusão bem-sucedida da reunião de Cancún, em consonância com o mandato de Doha, que, em relação à agricultura, deveria conduzir a ampla reforma do comércio agrícola", conclui o documento.