Rio, 12 (Agência Brasil - Abr) - A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, garantiu hoje, por ocasião da solenidade de encerramento do seminário "A Cooperação Sul-Americana", que é chegado o momento de o país mudar a postura que vinha sendo adotada até então de se manter de costas para o continente Sul-Americano e promover uma integração justa e igualitária entre todos.
A ministra, que representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na solenidade, disse que o atual governo está resgatando agora este desvio ao tentar promover a integração do continente.
"A nossa condição de país de dimensão continental, nos possibilita assumir a condição de liderança nesse processo, sem pensar em uma hegemonia que leve à subjugação das outras economias do continente. Mas, sim a uma relação de reciprocidade, cooperação e de construção de parcerias estratégicas".
A ministra disse acreditar que isto é possível, principalmente, na área de petróleo, em que as principais empresas - Petrobrás, PDVEZA, YPF e a Repsol - possam perceber a dimensão de uma atuação conjunta no âmbito da região.
Dilma Rousseff destacou o fato de que já existe uma série de projetos em andamento em zonas fronteiriças, como é o caso do projeto do Rio Madeira - que prevê a construção de hidrelétricas na fronteira do Brasil com a Bolívia - com grande potencial de geração de energia elétrica no Brasil, mas também tem implicações de geração elétrica na própria Bolívia (na medida em que existe o aproveitando na margem boliviana do Rio Madeira).
"Do ponto de vista do governo do presidente Lula, há clara orientação da necessidade de definir a importância de se estabelecer relações equilibradas, corretas e de cooperação entre todos os países. E a prova disto é que, ao longo desses primeiros nove meses, eu me reuni com todos os ministros de energia do Cone Sul e com todos os ministros de energia da América latina e do Caribe."
(Nielmar de Oliveira)