O governo da Paraíba vai lançar o Programa Mamona, no dia 24 de setembro. O produto é considerado uma importante ferramenta para a geração de empregos e renda no campo, além de incentivar a produção de biodiesel, alternativa ecológica para os derivados de petróleo. Com esta medida, abrem-se perspectivas para 9,8 mil produtores rurais cultivar a mamona numa área de 19,600 ha em 49 municípios.
A Secretaria Estadual da Agricultura (Senar) vai distribuir 137 toneladas de sementes selecionadas de mamona das variedades BRS 188 Paraguaçu e BRS 149 Nordestina. Para o sucesso do programa, está definido um treinamento no mês de outubro com a participação de 100 técnicos da Emater e do Senar, que vão atuar junto aos produtores rurais, ministrando cursos e dando assistência técnica.
Informações gerais sobre a mamoneira
A mamoneira (Ricinus communisL.) oleaginosa de relevante importância econômica e social, com inúmeras aplicações industriais, é encontrada em estado asselvajado em várias regiões do Brasil. Suas sementes, depois de industrializadas, dão origem à torta e ao óleo de mamona que, entre as diversas utilidades, é empregado na indústria de plástico, siderurgia, saboaria, perfumaria, curtume, tintas e vernizes, além de ser excelente óleo lubrificante para motores de alta rotação e carburante de motores a diesel.
O Brasil foi, durante décadas, o maior produtor mundial de bagas de mamona e, ainda, o maior exportador do seu óleo. Nos últimos anos o país vem apresentando produção declinante, perdendo a condição de primeiro produtor mundial para a Índia e a China, respectivamente. Nacionalmente, a Bahia é responsável pelas maiores produções, seguido por São Paulo.
A tecnologia utilizada no cultivo desta espécie pouco tem evoluído. Pode-se definir, basicamente, dois tipos de sistema de produção. No primeiro, onde a cultura assume papel social de grande relevância, a força de trabalho familiar explora pequenas áreas, sempre em regime de consórcio com o feijão e o milho. Neste sistema não existe mecanização nem utilização de insumos modernos, como sementes melhoradas, defensivos, fertilizantes etc.. Já no segundo sistema, o cultivo assume caráter mais comercial, com a participação da tração mecânica e a utilização de insumos modernos.
As informações são do site do Programa Fome Zero