Rio, 10/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prefere que o comprador do Frigorífico Chapecó seja uma companhia nacional à qual ele pode dar condições de financiamento melhores do que daria a um grupo estrangeiro, disse, hoje, o vice-presidente do banco, Darc Costa. O BNDES vem mantendo contatos neste sentido com a Sadia e Perdigão, revelou Costa.
O problema do Frigorífico Chapecó, cuja a dívida com o BNDES atinge cerca de R$ 560 milhões, correspondendo à metade da dívida total da empresa, é sobretudo de ordem social, porque envolve 20 mil famílias de pequenos produtores diretamente atingidas pela falência da Chapecó.
Costa disse que a proposta de deságio para o pagamento da dívida superior a 90% partiu de um grupo de credores que inclui o BNDES. Ele imagina "que os bancos privados pensam também que é melhor perder quase tudo, do que perder tudo". A negociação se estende desde 1995.
A situação está sendo resolvida no mercado, isto é, os credores estão procurando desonerar as dívidas que pesam sobre a empresa e encontrar alguém disposto a assumir a Chapecó, explicou Costa.