Pequenos e micro produtores rurais do agreste alagoano, famílias carentes da periferia de Maceió (AL) e dos municípios atendidos pelo Programa Fome Zero, devem integrar a rede de solidariedade contra à fome e combate à pobreza em projetos de geração de emprego e renda em Alagoas. Uma parceria firmada entre o Banco do Brasil e 20 entidades garantirá nos próximos meses a construção de cisternas, fábricas de multimistura e o incentivo a projetos de caprinocultura na zona rural do Estado.
Segundo Carlos Neto, representante nacional do Fome Zero BB, o Banco do Brasil estará disponibilizando via Febraban cerca de R$ 400 mil até fevereiro de 2004. Isto vai possibilitar a construção de 373 cisternas em Alagoas. A coordenação do projeto será da Caritas, ONG ligada a Arquidiocese de Maceió, que em parceria com a Associação dos Agricultores Alternativos fará a seleção das regiões beneficiadas.
Outra parceria entre Pastoral da Criança e prefeituras dos municípios contemplados permitirá a construção de cinco fábricas de multimistura: o farelo a base de sementes, folhas e casca de ovo, que combate a desnutrição infantil. Duas fábricas serão instaladas na periferia de Maceió para atender 60 mil crianças em situação de pobreza absoluta. Os municípios de Olivença e Atalaia estão entre os possíveis beneficiados com a implantação de outras fábricas. Até o final deste mês, serão liberados R$ 15 mil e, em outubro, serão R$ 35 mil para que a Pastoral da Criança possa executar os projetos.
Na região do agreste alagoano e em Arapiraca (AL), serão desenvolvidos projetos de incentivo a caprinocultura com 60 famílias que já lidam com a criação de cabras. O projeto apresentado pela Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura), poderá beneficiar numa segunda etapa, as 9.750 famílias cadastradas no programa Fome Zero na região. "O governo fará o mapeamento para identificar as vocações da região. Nossa meta é permitir o desenvolvimento de projetos estruturantes que permitam a estas famílias a sobrevivência quando a ajuda emergencial de R$ 50 acabar", frisou a coordenadora estadual do Fome Zero, secretária Genilda Leão. Nos locais onde forem implantados projetos de geração de renda o BB estará lançando projetos de alfabetização, para garantir o gerenciamento e continuidade das ações. Entre as entidades que integram a rede de solidariedade estão Sebrae, Correios e Universidade Federal de Alagoas.
As informações são do site do Programa Fome Zero