Rio, 9/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - Inovação. Esta é a palavra de ordem no Instituto Nacional de Tecnologia (INT), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). "Inovação para colocar produtos novos no mercado", diz o diretor do INT, João Luiz Selasco, que considera fundamental que o órgão conheça as necessidades do mercado e, assim, desenvolva tecnologias que tragam soluções para o setor.
Selasco reuniu hoje a imprensa para mostrar o que o INT vem fazendo para que não seja conhecido apenas como um órgão certificador de produtos. Ele lembrou que o instituto é um centro de excelência no desenvolvimento de tecnologia no país, destacando todo o trabalho realizado pelos seus técnicos na criação da tecnologia do álcool carburante, hoje copiada por outros países.
O diretor disse que o INT foi pioneiro no emprego do álcool como combustível automotivo e citou como exemplo uma pesquisa realizada no ano de 1925, quando, pela primeira vez, um carro fez o percurso Rio-São Paulo, Rio-Barra do Piraí e Rio-Petrópolis, usando álcool no lugar de gasolina. Selasco disse ainda que nos 25 laboratórios de pesquisa do instituto, no Rio de Janeiro, são desenvolvidos diversos estudos na área da tecnologia de energia, entre eles o do biodiesel e do dimetil éter (DME), considerado o combustível do futuro, por ser a melhor alternativa energética aos derivados de petróleo.
Selasco destacou também que o INT criou uma incubadora de empresas que trabalha só com produtos desenvolvido no próprio instituto e um software de tecnologia de gestão, que se caracteriza pela capacidade de adaptação ao sistema produtivo de cada empresa. Esta ferramenta já é utilizada por empresas como a Honda, Philips, Nokia, Siemens e Xerox. Ele considera importante que o INT não fique dependendo apenas de recursos do orçamento, que este anos foi de R$ 4 milhões, "o que é pouco", para incrementar os trabalhos de pesquisa.
Para o diretor, é importante que o órgão procure parcerias com empresas, universidades e outros institutos para criar mais produtos e agregar valor a outros. Considera também que o INT precisa ganhar visibilidade dentro do grande público. Nesse sentido, é "fundamental transmitir para a sociedade as realizações nas áreas onde o órgão atua".