Brasília, 8/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - Além de conquistar o oitavo lugar - a melhor classificação da história no Campeonato Mundial Júnior Masculino de Handebol - a seleção brasileira emplacou jogadores entre os principais destaques da competição. Eles ficaram por conta do capitão Bruno, eleito pelas delegações como o armador-central do All-Star Team da competição, e do goleiro Eduardo Santana, o primeiro no ranking de aproveitamento das cobranças de sete metros. O Mundial foi realizado nas cidades paranaenses de Foz do Iguaçu e São Miguel do Iguaçu, com uma medalha de ouro inédita da Suécia. A prata ficou com a Dinamarca e o bronze, com a Eslovênia.
"Foi uma grande surpresa estar no time de estrelas do campeonato. Muitos poderiam ganhar, o campeonato reuniu grandes jogadores, mas, no fundo, tinha esperança de conseguir. Certamente isto me traz mais motivação para seguir treinando em busca dos meus objetivos, foi um reconhecimento do meu trabalho", comentou Bruno. Ele foi o 10º colocado na lista de artilheiros, com 49 gols (49% de aproveitamento), sendo que a lista foi encabeçada pelo polonês Karol Bielecki (70 gols, 51% de aproveitamento).
Já o goleiro Edu também teve uma conquista muito importante. "Lembro até hoje a frase do Washington (Nunes, técnico do Brasil), num treino em São Bernardo. Ele disse: você não tem repertório para defender chutes de sete metros", conta. E em vez de ficar magoado com o aviso, pelo contrário, Edu reuniu forças e começou a buscar a perfeição. "Eu tinha dificuldades e ralei durante um ano. Foi tudo fruto de um trabalho com o professor Washington, que mostrou onde cada atleta precisava melhorar. E esta marca é uma vitória pessoal", afirma, sobre sua liderança no ranking de defesas nos chutes de sete metros. Ele pegou cinco em nove chutes, atingindo 56% de aproveitamento, o melhor do campeonato.
No ranking de roubadas de bola, o ponta-direita Zeba foi o melhor colocado da seleção: quinto lugar - empatado com outros quatro atletas. Ele conseguiu a bola para o Brasil em 10 ocasiões. O primeiro colocado neste quesito foi o esloveno Luka Dobelsek, com 22 roubadas. "Tenho uma boa leitura do jogo e, assim, consigo me antecipar ao movimento do adversário. As equipes do Mundial são muito fortes, por isso as roubadas de bolas são importantes para que os adversários não consigam chegar ao ataque", explicou o brasileiro.
Mesmo com 1m83, o pivô Milton foi o sexto colocado na lista dos melhores bloqueadores (16 ações de sucesso). O líder foi o ucraniano Volodymyr Bilousenko, com 24 bloqueios. "Em comparação com outros atletas, minha estatura é muito baixa. A defesa ajuda muito nos bloqueios, não é uma ação tão individual assim, mas sempre faço o possível para conseguir ler os chutes dos adversários. Perco em estatura, mas dá para brincar", garantiu Milton.