Amaral reafirma que programa espacial terá continuidade

08/09/2003 - 13h15

Rio, 8/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, disse hoje que a explosão ocorrida na Base de Lançamento de Foguetes de Alcântara, no Maranhão, não afeta o programa espacial brasileiro. "Foi um acidente. Isso não afeta o programa no centro de lançamentos, nem afeta a produção de satélites. Nós estamos aguardando as investigações para, a partir delas, refazermos o nosso programa que tem de atender a uma decisão do presidente da República, que é lançar o VLS4 ainda no seu mandato".

O ministro fez esta manhã palestra sobre "A Política de Ciência e Tecnologia Brasileira" para alunos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Ele destacou pontos que estarão norteando a política do setor durante o Governo Lula. "É preciso transformar o Brasil no país da inclusão, fazendo com que um número crescente de pessoas tenham acesso à informação, conhecimento e instrução e assim cidadania", afirmou.

De acordo com Roberto Amaral, sair da concentração de recursos para a desconcentração é outro desafio de sua pasta. O Ministério tem 16 institutos, e destes apenas dois estão na Amazônia e o restante distribuído entre Rio e São Paulo. "Como posso pensar em unidade nacional se eu promovo um crescimento desequilibrado".

Preparar o país para a revolução tecnológica, capacitando-o para enfrentar a competição no mundo daqui a 20 anos também é meta de seu ministério. Roberto Amaral lembrou que há 20 anos os coreanos estiveram no Brasil para conhecer a política de ciência e tecnologia utilizada. Hoje, segundo o ministro, a Coréia tem índices nesta área superiores aos nossos. De acordo com o ministro, nos últimos 20 anos, a Coréia investiu anualmente 3% do seu PIB em ciência e tecnologia, enquanto o Brasil investiu menos de 0,5%.

"Em 2000 a Coréia tinha 5.707 pedidos de patentes e o Brasil 220. Em 2002, o número de pesquisadores na Coréia era de 2,4 por mil habitantes. No Brasil, no mesmo período, o número era de 0,3 pesquisadores por mil habitantes", disse.