Rio e São Paulo entrarão para o programa de prevenção ao tráfico de seres humanos

05/09/2003 - 14h50

Brasília - O tráfico de seres humanos movimenta R$ 12 bilhões por ano em todo o mundo, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). É o terceiro negócio ilegal mais rentável, que só perde para o tráfico de drogas e o contrabando de armas. Uma pessoa levada ilegalmente para outro país chega a custar US$ 30 mil.

Na América Latina, o Brasil é um dos três países onde o número de recrutamento para o tráfico de seres humanos com destino à Europa é maior. Nesse ranking de criminalidade, o país divide a colocação com a República Dominicana e a Colômbia. Com a ajuda do Escritório das Nações Unidas contra os Crimes e a Drogas (UNODC), o governo brasileiro intensificou o combate ao tráfico de mulheres para fins de exploração sexual, uma vez que o Brasil é considerado um dos grandes alimentadores do mercado internacional de prostituição. O Programa Global de Prevenção ao Tráfico de Seres Humanos, com duração de um ano, já foi lançado em Goiás e no Ceará e ainda será implantado no Rio de Janeiro, na próxima segunda-feira (8), e em São Paulo, em outubro.

Segundo a coordenadora do programa, Leila Paiva, as metas são realizar um diagnóstico da situação no Brasil e formar um banco central de informações sobre o assunto, que servirão de base para fortalecer os mecnismos de enfrentamento a esse tipo de atividade criminosa. Outro objetivo é capacitar policiais e operadores de direito para punir redes criminosas, além de promover campanhas de conscientização e prevenção do tráfico, no segundo semestre de 2004.

Juliana Andrade