Rio, 5/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que se houver desentendimento total na reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio, em Cancun, na próxima semana, vai ficar muito difícil avançar nas negociações, mas ele espera que isso não ocorra.
O ministro lembrou que existe um texto assinado pelos países integrantes do G-20, que representam, segundo ele, 65 % da população agrícola do mundo e 50% da população mundial. " Esse texto não é um texto radical, não estamos pedindo a lua e nem estamos na estratosfera. Estamos querendo apenas que a agricultura comece a ser tratada como os bens industriais já são tratados."
O ministro da Indústria e Comércio da África do Sul, Alec Erwin, afirmou que este é um momento importante para o mundo e o atraso não é útil para os países em desenvolvimento. Ele lembrou que vários prazos em negociações comerciais já foram perdidos por falta de entendimentos. Isso, no entanto, não significa que tudo tem que ser resolvido em Cancún. " É preciso ter um programa que seja ambicioso e que nos leve a um avanço rápido", disse o ministro sul-africano.