Escolas adotam país e torcem por ele no Mundial Júnior Masculino de Handebol

05/09/2003 - 11h08

Brasília, 05/09/03 (Agência Brasil - ABr) - A cidade de São Miguel do Iguaçu, uma das sedes do Campeonato Mundial Júnior Masculino de Handebol, ao lado de Foz do Iguaçu (PR), tentou unir esporte e educação para ajudar na organização do evento. E colocou em prática a idéia de cada escola da região adotar um país e torcer por ele durante o torneio.

A novidade contagiou todas as crianças da região e fez com que dedicassem horas de estudo sobre os países para o qual iriam torcer. Na Escola Parigot de Souza, os alunos adotaram a Espanha. "Uma professora já tinha ido para lá e outros professores fazem curso de espanhol. Aí mostramos objetos da Espanha para os alunos, fotos, e falamos sobre a cultura deles", conta a supervisora do colégio, Derli Wernke.

Mas a aplicação dos estudantes vai além de sentar na arquibancada e torcer para a equipe. Eles aprendem a história, a geografia, a economia, a língua, o hino e tudo relacionado ao país. "Usamos até a matemática no ensino. Tivemos de medir a bandeira da Espanha, principalmente o brasão, para fazer igual. Nós mesmas que confeccionamos as bandeirinhas da torcida", explica Derli.

Quando estão dentro do ginásio, os alunos se divertem. "Eles adoram isso. Acabam conhecendo os jogadores, pegam autógrafos, tiram fotos. É muito bom", comenta Derli. Os próprios atletas ficam animados com a galera. Muitas vezes tem batuque e as crianças dão um show à parte. O ginásio está sempre cheio, independentemente do jogo que está sendo disputado.

"Elas trazem um astral bom e podem aprender sobre os países", diz o técnico do Egito, o dinamarquês Kurt Nielsen. "Foi uma surpresa ver nossas bandeiras, não esperávamos por isso", continua o goleiro Johannes Bitter, da Alemanha. Por isso mesmo, em todo final de partida em São Miguel do Iguaçu, os atletas se dirigem à torcida e agradecem o apoio.