Brasília, 2/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), prossegue nas negociações sobre a reforma tributária. Neste momento, ele está reunido com a comissão negociadora, formada por cinco deputados, o relator da reforma, deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) e representantes das centrais sindicais.
Ao chegar para o encontro, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse que quer incluir nas discussões a correção da tabela do Imposto de Renda. "A tabela do Imposto de Renda não é corrigida há nove anos. Na medida que não se corrige, alguns trabalhadores passam a ter aumento de imposto enquanto outros passam a pagar", afirmou. O sindicalista também pleiteia a correção das distorções da tabela do Imposto de Renda, que segundo ele, é injusta com os assalariados. O salário não pode ser considerado imposto". Nesse sentido, ele espera contar com o apoio do Partido dos Trabalhadores(PT). "Durante todo o período que lutamos pela correção da tabela do Imposto de Renda, tivemos um aliado forte que foi o PT. Espero que agora o PT, no governo, possa atender essa reinvidicação dos trabalhadores".
Além da correção da tabela do Imposto de Renda, o presidente da Central Única dos Trabalhadores(CUT), Luiz Marinho, defende o rescalonamento de alíquotas do Imposto de Renda de 10% a 35% e correção anual da tabela. Por outro lado destaca que heranças, grandes fortunas e bancos devem pagar mais imposto. Marinho defende também a incidência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) da conta salário, uma "trava" contra o aumento da carga tributária e redução de todos os impostos paras micro e pequenas empresas. O sindicalistas querem mais tempo para discutir a reforma tributária. Para o presidente da Força Sindical, se o governo não conseguir tempo para a discussão, votar amanhã " é um risco muito grande porque a reforma que estão querendo votar ão é a reforma que a população brasileira gostaria que fosse feita".