Porto Rico faz campanha ruim no handebol e sucesso no visual dos atletas

02/09/2003 - 10h07

Brasília, 2/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Seleção de Porto Rico não faz uma boa campanha no Campeonato Mundial Júnior Masculino de Handebol, realizado nas cidades paranaenses de Foz do Iguaçu e de São Miguel do Iguaçu. Perdeu os quatro jogos que disputou e corre o risco de ficar nas últimas posições. Mas se o campeonato tivesse como critério a vaidade, os porto-riquenhos levariam o título por antecedência. Sempre quando os atletas chegam ao ginásio, chamam a atenção do público pelo visual diferente: cabelos com tranças embutidas ou dreads, assessórios descolados e, sobretudo, sobrancelhas finas, delineadas como as das mulheres brasileiras.

Esta produção não é tudo o que os atletas fazem para cuidar do visual. Muitos admitem que usam cremes para o corpo, como o goleiro Elvin Gomes, de 19 anos, apontado pelos companheiros como o mais vaidoso. "Uso creme hidratante para o rosto todos os dias". Ele tinha tranças embutidas, similares às dos negros norte-americanos, mas agora está careca. "Os veteranos da equipe rasparam o cabelo dos jogadores que estão pela primeira vez na Seleção, como um trote", contou o calouro, que agora teve de adotar uma touca de lã para se proteger do frio e esconder a cabeça pelada. "Não gostei nem um pouco deste novo visual", disse Elvin.

Jose Sanchez, 17 anos, ponta-esquerda, adotou dreads curtos, como os de Bob Marley no início de sua carreira. "Adoro reggae, principalmente as músicas de Marley. Meu cabelo é em homenagem à cultura rastafari", disse o atleta, que, assim como todos os jogadores de Porto Rico, faz a sobrancelha. "Tirei uma vez com pinça, mas doeu muito, até saíram lágrimas dos meus olhos. Agora, passo a navalha", revelou Jose, afirmando que faz tudo isso para ter mais sucesso entre as garotas. O supervisor da equipe, Heriberto Santiago, não perdoou e brincou com os meninos: "Eles querem fazer sucesso entre os rapazes também". Mas depois falou sério e deu uma boa explicação sobre a vaidade da equipe. "Eles são jovens, estão procurando um visual que irá se identificar com suas personalidades." Porto Rico é o time mais jovem da competição, com a média de idade de 18 anos.