Parceria Petrobras e Ministério do esporte vai gerar renda em comunidades carentes

02/09/2003 - 16h28

Brasília, 2/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - A parceria entre a Petrobras e o Ministério do Esporte, que criou o programa Pintando a Cidadania, vai abrir novas vagas de trabalho em comunidades carentes com elevado índice de desemprego. Ao todo, o programa vai instalar trinta núcleos de produção de material esportivo, metade de bolas de várias modalidades (futebol de campo, futsal, voleibol, basquete, handebol, etc.) e os demais para a confecção de shorts e camisetas esportivas.

No primeiro ano, o Pintando a Cidadania pretende produzir 400 mil itens, mas esse número deve aumentar nos anos seguintes – depois de concluída a qualificação técnica dos trabalhadores e os investimentos em equipamentos – ultrapassando 1,5 milhão de itens do programa Pintando a Liberdade, que utiliza mão-de-obra de detentos de 53 unidades prisionais no país e que serviu de modelo ao Pintando a Cidadania, como explicou o ministro do Esporte, Agnelo Queiroz. "Já temos essas fábricas funcionando em presídios e, agora, vamos instalar novas fábricas em comunidades carentes para gerar renda".

Nos núcleos de bolas, vão trabalhar de 250 a 300 pessoas. A remuneração será por produção. Para cada bola costurada, os trabalhadores receberão R$ 2,00. Com uma média de cinco bolas por dia útil, a renda deve ficar próxima a R$ 250,00. Doze das vagas oferecidas serão destinadas a técnicos auxiliares, que além do dinheiro das bolas costuradas, terão benefício mensal de R$ 100,00.

O gerente de cada núcleo receberá R$ 500,00 mensais. Uma das vantagens do projeto de fabricação de bolas é permitir ainda aos trabalhadores levarem material de costura para casa, facilitando o processo. Nas fábricas de malharia, cada uma com 200 metros quadrados, será utilizada mão-de-obra de cinqüenta pessoas que vão produzir shorts, camisetas e, futuramente, bandeiras.

Os recursos para o Pintando a Cidadania são de R$ 5,195 milhões, repassados pela Petrobras, que escolherá ainda as organizações não-govermanentais (ONGs) para administrar os núcleos. Metade do material produzido nas fábricas será revertida à própria comunidade, e a outra parte será distribuída a escolas públicas incluídas no programa Segundo Tempo e a entidades de apoio a portadores de deficiências e de promoção social e esportiva.