Brasília, 02/09/2003 (Agência Brasil-Abr) - O Banco Central vai substituir por um período de ao menos dois anos duas instituições financeiras que hoje administram aproximadamente US$ 250 milhões das reservas internacionais brasileiras no exterior.
Seis instituições financeiras internacionais (Barcleys, JP Morgan, Salomon Brothers, Crèdit Agricol, BIS e Robeco) são responsáveis desde 2000 pela administração de uma parte das reservas brasileiras. Hoje estão nas mãos desses bancos cerca de US$ 1,5 bilhão - as reservas totais somam hoje US$ 47,758 bilhões.
De acordo com as informações do chefe do Departamento de Operações das Reservas Internacionais Brasileiras, Daso Maranhão Coimbra, a rentabilidade das reservas brasileiras é considerada satisfatória, mas o volume destinado aos bancos estrangeiros não será elevado. "Escolhemos um valor que é suficiente para o país ser tratado como cliente preferencial. Mas não iremos ultrapassar esse limite porque consideramos a taxa de administração dos recursos muito alta", disse o técnico. A taxa média de administração cobrada pelas instituições é de 0,12%.
Coimbra informou, também, que nos últimos três anos, a rentabilidade dessa parte das reservas internacionais brasileiras que estão nas mãos de "terceiros" foi de 25% acima do dólar.
O processo de seleção das novas instituições começa hoje e se estende até o dia 26 de setembro, quando o questionário de qualificação deverá ser entregue ao BC. Ainda de acordo com as informações de Coimbra, o BC pretende trocar os gerentes a cada dois anos. Os critérios para a saída das instituições estão relacionados à performance na administração dos recursos.