São Paulo - O secretário especial para a Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, Sérgio Renault, disse que é equivocada a crítica do presidente do Supremo Tribunal Federal, Maurício Corrêa, ao questionar a utilidade da Secretaria em entrevista à revista Veja. Renault reiterou que a proposta de mudança no Judiciário tem como objetivo "dar maior eficiência e transparência para a população", e reiterou que "a máquina da Justiça está lenta e necessita de uma modernização".

Segundo Sérgio Renault, a mudança no Judiciário não representa uma interferência indevida, já que a proposta prevê a criação de um conselho composto por juízes, Ministério Público, advogados e representantes da sociedade civil. Lembrou que um dos princípios na construção do projeto é permitir a autonomia e independência dos juízes.

Apesar da resistência à proposta por desembargadores, juízes federais e estaduais, Renault ressalta que conta com o apoio de entidades ligadas ao Poder Judiciário, como a Ordem dos Advogados do Brasil e representantes do Ministério Público.

"Vamos discutir junto com a sociedade as propostas e alternativas de reforma do judiciário. A reforma interessa à população brasileira", disse Renault, acrescentando que "assim como outros poderes, o Judiciário precisa estar sujeito ao controle da sociedade".

Arthur Braga