Brasília, 1/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - Pouco avançou a reunião de hoje dos governadores com representantes dos partidos na Câmara para discutir mudanças na reforma tributária. O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), primeiro a deixar o gabinete do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), disse que o único ponto que realmente avançou foi a repartição de parte dos recursos arrecadados pela Contribuição sobre a Intervenção do Domínio Econômico (Cide). Este ponto, ressaltou, já está acertado entre governadores e governo federal há dois meses. Amanhã, os governadores entregam ao governo federal os critérios para a divisão dos recursos da Cide.
Perillo acrescentou que o governo federal continua irredutível quanto a uma possível repartição dos recursos da CPMF com estados e municípios. Caso a base do governo continue nesta posição, o governador de Goiás considera que dificilmente a reforma tributária será votada nesta semana. A intenção dos partidos aliados é votá-la na próxima quarta-feira (3). "Os governadores têm força maior do que se imagina. A reforma tributária mexe definitivamente com a receita e o futuro dos estados e municípios, e esta força é maior na medida em que representamos o desejo dos estados", alertou Perillo.
Na reunião também foram discutidas questões relativas a cobrança do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Fundo de Compensação das Exportações, a composição do Fundo de Desenvolvimento Regional e o repasse aos estados e municípios de partes da Cide e CPMF.