Brasília, 30/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Marinha de Guerra da Rússia reconhece que são quase nulas as esperanças de salvar os sete marinheiros do submarino nuclear desativado naufragado na madrugada deste sábado no mar Barents, no Oceano Ártico.
"A tarefa atual é localizar o mais depressa possível os tripulantes. Infelizmente, quase não há esperança de encontrar sobreviventes, devido ao mau tempo na região norte. Uma pessoa não pode agüentar na água com essa temperatura durante mais de 30 ou 40 minutos", disse o almirante Viktor Kravtchenko, vice-comandante da Marinha de Guerra e chefe do Estado Maior.
O submarino afundou a cerca de 5km da ilha Kildine, a uma profundidade de 170 metros. Dos dez marinheiros que estavam a bordo, apenas um foi salvo. Até agora, dois corpos foram recuperados.
Apesar de a Marinha russa ter garantido que fará de tudo para trazer à superfície o navio, peritos independentes duvidam da capacidade do comando da Marinha de mobilizar os meios financeiros e organizativos necessários para o levantamento do casco do submarino com os sete corpos que ainda restam no fundo do mar.
O submarino K-159 tinha sido retirado de uso em 1989 e desde então encontrava-se atracado numa das bases navais no Norte da Rússia, na baía de Gremikha. Segundo a Marinha russa, o combustível nuclear foi removido, e o reator, desligado.
Há duas semanas, a Rússia relembrou a tragédia do submarino nuclear Koursk, o pior acidente da história naval do país. Em 12 de agosto de 2000, durante manobras no mar de Barents, morreram 118 marinheiros.
Com informações da Agência Lusa.