La Boheme, de Puccini, estréia em Brasília no fim de semana

29/08/2003 - 12h20

Brasília, 29/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - A famosa ópera La Boheme, de Giacomo Puccini, estréia em Brasília neste fim de semana. Dividida em quatro atos, a ópera conta com a participação de 100 pessoas, entre atores e músicos. Sob a regência do maestro Sílvio Viegas, La Bohème será acompanhada pela Orquestra Sinfônica de Brasília.

O espetáculo narra a história de quatro amigos que passam por dificuldades financeiras, em Paris, no século 17. Marcello (pintor), Rodolfo (poeta), Colline (filósofo) e Schaunard (músico) dividiam um apartamento no bairro Bohème, em Paris, e passavam por dificuldades financeiras. A ópera conta a história de amor entre Rodolfo e Mimi, uma vendedora de flores.

De acordo com o maestro, a ópera fala sobre o amor sem situá-lo em qualquer tipo de época. "Ele é sempre atual, o público se emociona, pois o que se passa naquela época poderia estar acontecendo hoje", afirma. E acrescenta que os personagens são todos reais. "O escritor conheceu essas pessoas, é um momento de autobiografia no palco", explica.

A soprano Luciana Tavares considera a experiência muito rica. "A música de Puccini transforma o público, têm momentos em que eu me arrepio toda e percebo a platéia sentindo a emoção, alguns chegam a chorar", revela.

Emocionar é justamente o objetivo dos músicos, afirma o maestro. "A música tem que passar emoção, se não passar, não adianta estar perfeita, linda. O público tem que ter a certeza de que valeu a pena sair de casa e ir até ao teatro", argumenta.

Viegas afirma que Puccini tinha um conhecimento muito grande do palco. Segundo ele, a música era escrita enquanto o autor previa que alguns problemas poderiam acontecer no palco. "Ele dá liberdade cênica dentro da própria música". "Apesar de ser um grande escritor de músicas para o teatro, é um trabalho imenso", justifica. Ele conta que os solistas ensaiaram mais de um mês para que o espetáculo ficasse suficientemente bom para ser apresentado ao público. Luciana concorda que não é fácil, mas garante: "É desgastante, mas muito prazeroso. Na verdade, a gente só sente o cansaço depois".

Serão três apresentações, sempre às 20 horas: nos dias 29, 30 e 31, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. No elenco, artistas de Brasília, do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte. No sábado (30), a montagem será só com artistas brasilienses.

Informações do Teatro Nacional
Telefone: 325-6240, 325 6109/6256.
Ingressos: R$ 40 (estudantes e maiores de 60 anos pagam meia)