São Paulo, 28/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - Caso o Brasil renove o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), é necessário que se incluam nas negociações conceitos diferenciados do que é gasto e do que é investimento. Esta é a sugestão do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso.
Para ele, o acordo não pode ser um elemento que ajude a resolver o problema da balança de pagamentos, mas impeça que se assegure o crescimento econômico. Mattoso disse que ainda é cedo para definir se realmente será necessário renovar um acordo com o fundo. Ele participou do seminário "Público e privado: parceiros do novo modelo de desenvolvimento".
De acordo com Mattoso, até no final do ano, a Caixa deverá abrir um milhão de contas de famílias de baixa renda. Ele informou que a meta inicial, de 500 mil contas, já foi superada. Para Mattoso, a abertura de conta para a população de baixa renda vai contribuir para aumentar a concorrência e melhorar o desempenho do sistema bancário brasileiro. Ele disse que embora seja "um orgulho" para a Caixa financiar 91% da habitação no país, é necessário que o setor privado e a construção civil participem do processo.
O presidente da Caixa afirmou que até então ninguém se preocupa com os 50% da população economicamente ativa que não tinha conta corrente e dependiam de crédito com juros altos. Ele acrescentou que apenas no primeiro semestre do ano a Caixa repassou R$ 20 milhões do governo federal para políticas sociais.