Brasília - A proposta da reforma tributária será alterada na ainda na Comissão Especial da Câmara, na votação dos 250 destaques individuais e de bancadas previstas para amanhã. O líder do Governo na Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), informou hoje que a permanência dos incentivos à Zona Franca de Manaus será incorporado ao texto do relator deputado Virgílio Guimarães (PT-MG).
A estratégia é garantir a aprovação do texto com apenas essa alteração na comissão e abrir a negociação até a próxima semana, com governadores, prefeitos e segmentos representativos da sociedade, para aprimorar a proposta e garantir sua aprovação em plenário.
O líder observou que mesmo negociando a exaustão "a reforma não tem condições de atender cem por cento das reivindicações". Entretanto, considera que a reforma será entregue à Nação como "uma conquista importante".
Já a oposição promete obstruir ao máximo a sessão desta terça-feira para inviabilizar a votação da reforma tributária. O líder do PFL na Câmara, José Carlos Aleluia (BA), afirma que "o texto é muito ruim, aumenta a carga tributária e não distribui recursos com estados e municípios". A estratégia dos pefelistas será exigir a votação individual dos 250 destaques.
Em manifesto intitulado "Ao Povo Brasileiro", o presidente nacional do PFL alerta para o risco do aumento dos impostos. No manifesto, o partido estabeleceu como a prerrogativas "a defesa do contribuinte contra o aumento abusivo da carga tributária e a salvação do sistema municipalista, maior vítima da concentração da arrecadação federal de tributos, e a dos estados federados".
Marcos Chagas e Iolando Lourenço