Brasília, 20/08/2003(Agência Brasil-ABr/BBC) - Israel anunciou que está rompendo todo tipo de contatos com a Autoridade Nacional Palestina, após o ataque suicida ocorrido na terça-feira, em Jerusalém.
O ataque deixou pelo menos 19 mortos e cerca de 80 feridos, com a explosão de uma bomba em um ônibus, de acordo com a polícia israelense.
A explosão ocorreu em um bairro predominantemente ortodoxo, perto da antiga linha de divisão entre o leste e o oeste de Jerusalém.
Israel também impôs isolamento total à Cisjordânia e à Faixa de Gaza.
Vingança
Os grupos militantes palestinos Hamas e Jihad Islâmico disseram ambos ter realizado o ataque.
O Hamas disse que a razão do atentado foi a vingança pelo assassinato de dois de seus líderes.
Autoridades palestinas disseram que o primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas – também conhecido como Abu Mazem –, havia rompido o contato com os dois grupos.
Após o ataque de terça-feira, o presidente americano, George W. Bush, disse que a Autoridade Palestina precisava agir para "desmantelar e destruir" grupos militantes e afirmou que os Estados Unidos estavam preparados para ajudar.
A explosão - que matou vários judeus ultra-ortodoxos retornando de suas orações – ocorreu apesar do cessar-fogo que havia sido declarado pelas principais organizações militantes palestinas, no final de junho.
O acordo ocorreu depois que esses movimentos foram pressionados a apoiar a nova versão do plano de paz para a região, apresentado pelos Estados Unidos.
"Nós fomos muito pacientes até agora, mas a nossa paciência está chegando ao fim", disse Gideon Meir, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel à agência de notícias CNN. "Nós temos de proteger nosso povo", acrescentou