IPC-S da Fundação Getúlio Vargas registra 0,27% de inflação e revela tendência de queda

19/08/2003 - 14h32

Rio,19/8/2003 (Agência Brasil - ABr) – A inflação no varejo apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getúlio Vargas no período de 30 dias compreendido entre os dias 13 de julho a 12 de agosto variou 0,27%, contra 0,41% na última pesquisa.Segundo os economistas da FGV, o índice marca o reinício da desaceleração do IPC-S, que fora interrompida pelo reajuste da telefonia fixa no começo do mês passado.

Dos sete grupos de despesas que compõem o índice, três mostraram desaceleração: Habitação, Saúde e Cuidados Pessoais e Educação, Leitura e Recreação. Desses grupos, Habitação influenciou mais fortemente a reversão da tendência de aceleração da inflação devido à diminuição da pressão dos preços administrados, ali concentrados. A expectativa da FGV é de taxas menores para o IPC-S, devido ao fim do efeito das tarifas sobre o grupo Habitação.

Os itens que mais influenciaram o mês pesquisado foram telefone residencial - assinatura e pulso (6,85%, contra 10,13% no mês até 5 de agosto), eletricidade residencial (2,18%) gás encanado (14,33%), cartão telefõnico (9,05%).

Das 12 capitais pesquisadas, nove apresentaram queda nas taxas, duas tiveram aceleração e Florianópolis manteve-se estável em relação à apuração passada. A maior aceleração de preços foi observada em Belém (PA), que passou de 0,46% para 0,79%. Já a capital com maior desaceleração foi Curitiba (de 1,47% para 1,11%) ,com a queda concentrada no grupo Habitação

A capital paranaense continua, porém, mostrando a taxa máxima de inflação pelo IPC-S, enquanto a mínima foi registrada no Rio de Janeiro (0,08%). A diferença entre as duas taxas, da ordem de 1,03 ponto percentual, se deve em grande parte, segundo a Fundação Getúlio Vargas, à diferença apurada no grupo Transportes. Pela terceira semana consecutiva, não foi apurada deflação em nenhuma das 12 capitais pesquisadas, observaram os economistas da FGV.