Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio - A secretária Nacional de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Silva Costa, garantiu que a 5ª Rodada de Licitações de áreas para Exploração de Petróleo e Gás, promovida pela Agência Nacional de Petróleo, ocorre dentro das expectativas do governo federal, principalmente no que diz respeito ao índice de nacionalização de componentes da indústria petrolífera. E admitiu que no próximo ano poderão ser realizadas duas rodadas, uma em abril e outra no final de 2004: "Isso ainda está em estudo, mas poderá acontecer".
A secretária destacou que "não há dúvidas de que as grandes operadoras do setor estão se preparando para a 6ª Rodada, que será bem mais atrativa do que esta de hoje". E acrescentou: "Temos de nos acostumar com a aptidão das grandes por rodadas especificas, por isto mesmo está sendo absolutamente previsível o andamento desta rodada".
Sobre a participação da Petrobras, que nesta licitação já levou 26 blocos em cinco setores, pagando cerca de R$ 15 milhões, Maria das Graças Silva Foster lembrou que a estatal brasileira "encontra-se estruturada e presente em todo o País, além de ter escala para desenvolver grandes e pequenos campos – nada mais natural que ela participe de licitações com características diferentes".
Na avaliação da secretária, 2003 está sendo um ano "excepcional" para a indústria petrolífera brasileira. "O governo está satisfeito com a presença de novas empresas no país e para nós é um momento extremamente importante ver a Shell do Brasil começar a produzir petróleo em grande escala no país".
19/08/2003
Ela informou ainda que o governo estuda, junto com o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) e as próprias empresas, a questão dos tributos cobrados e as formas de manter a atratividade da atividade de petróleo no país. Não esclareceu, no entanto, se a meta é reduzir as taxas cobradas em segmentos de menor atratividade.