Funcionários da TAM dizem não temer a fusão com a Varig

19/08/2003 - 8h33

Fabrício Azevedo

Brasília - Ao contrário dos funcionários da Varig, os empregados da TAM não temem pela fusão das duas empresas. O presidente da Associação de Tripulantes da TAM (ATT), entidade que congrega 2000 pilotos e comissários de bordo da empresa, comandante Nicolau Barros, disse que até agora todos os acordos entre os trabalhadores foram cumpridos. "Não temos motivos para duvidar que a diretoria tem os interesses da empresa em vista", destacou.

Ele afirma, entretanto, que a batalha judicial tem deixado muitos cautelosos. "A empresa está tocando seus projetos de desenvolvimento, mas há algumas dúvidas de como ficam os planos de carreira após a fusão", explicou. Mas mesmo que a junção com a Varig não ocorra, ele acredita que a Tam continuará bem no mercado. Nicolau afirma que a diretoria da empresa já teria até um plano alternativo se a fusão falhasse.

Nicolau também não acredita que a saída do presidente Daniel Mandelli, na última semana, seja uma ameaça para o processo de fusão. "Acredito que os problemas estão vindo muito mais da Fundação Ruben Berta (FRB), controladora da Varig", opinou. Segundo ele, há uma luta interna pelo poder na FRB, que tem dificultado qualquer decisão concreta.

O comandante elogiou a formação do comitê executivo que substituirá a presidência da fundação. O comitê, formado por três vice-presidentes da entidade, visa a dar mais agilidade ao processo de fusão. Os integrantes do comitê são Carlos Luiz Martins Pereira e Souza (vice-presidente executivo de operacional), Alberto Fajerman (vice-presidente comercial) e Luiz Fernando Wellisch (vice- presidente financeiro).

19/08/2003