Brasília, 19/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - Artistas circenses estão reunidos em Brasília no II Congresso de Palhaços, que se realiza na Semana do Folclore, para pedir a ajuda do ministro da Cultura, Gilberto Gil, para popularizar o circo. Na sexta-feira (22), último dia do encontro, será entregue um relatório ao ministro.
O presidente da Associação dos Artistas de Carpina (PE), José Carlos Santos Silva, mais conhecido como palhaço Plim-plim, disse que infelizmente o circo está morrendo, e uma das causas é a grande quantidade de taxas. "Sugeri ao ministro para que ele faça um decreto-lei para o presidente, sancionando para todas as terras da União, que estiverem desocupadas, que o artista circense possa ocupar para fazer o espetáculo e depois pagar com apresentações gratuitas as pessoas carentes".
O ato final do Congresso será a assembléia de fundação da Federação de Palhaços e Artistas Circenses do Distrito Federal. Um dos primeiros objetivos do órgão é cadastrar todos os artistas, inclusive aqueles que trabalham em semáforos. Segundo o palhaço Plim-plim, esse tipo de profissional denigre a categoria: "O palhaço tem que estar trabalhando no picadeiro. O palhaço tem que estar no circo. Esse trabalho de semáforo serve para divulgar e ao mesmo tempo está destruindo nossa classe. Porque ao invés de realizarem um trabalho profissional, eles enchem a cara de cachaça, se vestem mal e vão para o sinal passar uma má impressão do profissional do riso", afirmou.
A primeira dificuldade encontrada pelos artistas foi não poder realizar o congresso dentro do Ministério da Cultura (MinC). Em protesto, resolveram se reunir ao lado do prédio onde funciona o ministério