Dirceu diz que não há mais espaço para corrupção na esfera pública

18/08/2003 - 17h18

Brasília, 18/08/2003 (Agência Brasil - ABr) - O chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministro José Dirceu, reiterou hoje a disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de combater de forma eficaz, nos próximos quatro anos, a corrupção no governo federal. Na opinião do ministro, não existe mais espaço na esfera pública para atos de desvio de recursos da União. "O mundo de hoje não tolera mais a corrupção, uma vez que ela drena recursos da sociedade para os interesses particulares, e as ações governamentais de inclusão social, que deveriam reduzir drasticamente nossos vergonhosos indicadores sociais, ficam à escura", enfatizou.

José Dirceu admitiu que o governo ainda precisa intensificar os instrumentos para combater ações de corrupção e adiantou que o presidente Lula deve enviar em breve ao Congresso Nacional projeto de lei que tipifica como crime o enriquecimento ilícito. "O Brasil, nos últimos anos, tem dado passos largos no combate à corrupção. Dispomos de legislação abrangente quanto à prevenção e repressão a atos de corrupção", ressaltou.

O ministro defendeu o controle interno e externo sobre as contas públicas, mesmo reconhecendo que é muitas vezes "repressivo". O controlador-geral da União, ministro Waldir Pires, manifestou a mesma opinião: "O controle é a relação direta com o nosso povo. Senão, temos desvios de recursos públicos insuportáveis em um país de tamanhas desigualdades", enfatizou. José Dirceu e Waldir Pires participaram, no Tribunal de Contas da União (TCU), da abertura do seminário: "Diálogo Público: o TCU em contato com a administração pública e com a sociedade". O evento tem como objetivo discutir a fiscalização dos recursos públicos federais.