Brasília, 15/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O deputado José Thomas Nonô (PFL/AL) disse hoje que o partido vai respeitar o acordo feito com o governo e não apresentará destaques à reforma da Previdência em segundo turno. Ele considera a reforma ruim e afirmou que ela só não está pior por conta da postura do PFL, que conseguiu fazer algumas mudanças de última hora.
"Nós conseguimos negociar, com a nossa postura, um mal menor. Conseguimos minimizar as perdar das viúvas. Quando a proposta chegar ao Senado, o PFL vai marcar a mesma oposição forte,e vai votar contra a emenda constitucional da reforma da Previdência", disse Nonô.
A deputada Maria José Maninha (PT/DF) discordou do colega pefelista. "O PFL não chegou a apresentar uma proposta que mudasse substacialmente a reforma", afirmou ela. Maninha se absteve de votar no primeiro turno e disse que adotará a mesma postura no segundo turno. A deputada disse que não concorda com o teor da reforma, mas que existem vários tipos de oposição. Maninha acredita ter feito uma oposição ideológica, enquanto o PFL fez uma oposição apenas para desgastar o governo.
A deputada petista não acredita numa punição severa dentro do PT, pois ajudou a fundar o partido e foi a deputada mais votada do Distrito Federal. A possível punição aos deputados do PT que não votaram com o governo será definida numa reunião do Diretório Nacional, no próximo dia 25.
Sobre a votação da reforma no Senado, Maria José Maninha prevê que a proposta não deve ser modificada, pois o governo está negociando para que o texto não sofra grandes alterações por parte dos senadores.
Os dois deputados foram os entrevistados de hoje no jornal NBr Manhã, da TV a cabo da Radiobrás.
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GA