Rio, 14/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O lucro líquido de R$ 9,372 bilhões da Petrobras no primeiro semestre de 2003, com crescimento de 223,1% em relação à primeira metade de 2002, foi considerado pelo diretor executivo da estatal, José Sérgio Grabrielli, como o melhor resultado já obtido pela empresa em um semestre. Grabrielli afirmou que a empresa sofreu um impacto positivo de R$ 724 milhões na balança, devido à variação do dólar no período. Esta foi a primeira vez que a Petrobras conseguiu atingir um superávit comercial no balanço entre exportações e importações. A empresa conseguiu um superávit de cerca de US$ 100 milhões.

Nos seis primeiros meses de 2003, a receita operacional líquida foi de R$ 47,891 bilhões, com crescimento de 77,1%. O lucro operacional subiu 152,6% e totalizou R$ 15,103 bilhões.

José Sérgio Grabrielli citou como pontos do desempenho operacional da empresa que proporcionaram o aumento de receita, o aumento de 10,7% da produção total de óleo e gás, que passou de 1,826 milhão de barris de óleo equivalente por dia em 2002 para 2,022 milhões. A produção internacional de petróleo também teve crescimento em razão da compra da Petrobras Energia (ex-PeCom), na Argentina. A produção de petróleo subiu 697% e a de gás, 514%.

Segundo Grabrielli, a Petrobras conseguiu lucrar mesmo com a redução de 10% dos preços dos derivados de petróleo - principalmente da gasolina e do óleo diesel, uma certa estagnação do mercado interno, já que as vendas cresceram apenas 1,3%, a utilização de estoques devido ao conflito no Oriente Médio e a provisão de R$ 330 milhões relativa à compra de turbinas a gás para termelétricas. Por conta destes fatores, a empresa teve uma queda de 31% no lucro líquido no segundo trimestre que fechou com R$ 3,827 bilhões. No primeiro trimestre o lucro foi de R$ 5,455 bilhões. No entando, segundo ele, essa queda não atingiu o lucro recorde da empresa no semestre.

A companhia chegou a junho com dívida de R$ 54,246 bilhões e dívida líquida de R$ 37,924 bilhões,aumento de 98%.