Brasília, 14/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema) promoverá consulta entre seus integrantes para identificar onde é prioritária a realização de relatórios do estado de qualidade ambiental, das pressões da sociedade e da resposta do poder público às demandas na área. Espécie de diagnóstico, que traz importantes indicadores, relatório nesses termos foi desenvolvido em âmbito nacional e apresentado pelo governo brasileiro, em 2002, na reunião das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em Johannesburgo, África, a Rio+10. Chamado de Geo-Brasil, o documento reuniu os indicadores ambientais do país e as políticas públicas do setor dos últimos 10 anos.
Segundo a presidente da Abema, a secretária de Meio Ambiente de Pernambuco, Alexandrina Sobreira, a idéia é propor ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) que apóie essas ações nos estados. "De forma sistemática, os estados conhecem muito pouco sobre o meio ambiente de suas divisas", afirmou, hoje, após reunião em Brasília, da qual participaram a ministra Marina Silva, o diretor-executivo do Pnuma, Klaus Töpfer, além de representante da Associação Nacional das Entidades Municipais de Meio Ambiente (Anama).
Também presente na reunião, a coordenadora do Programa Nacional de Meio Ambiente (PNMA), Regina Gualda, disse que o Pnuma poderia ajudar ainda na elaboração dos relatórios GEO nas cidades. "Manaus e Rio de Janeiro já têm o seu e isso poderia ser expandido", sugeriu. De acordo com Regina, a metodologia para elaboração do relatório para o âmbito das cidades foi desenvolvida no Brasil.
O Pnuma já tinha estabelecido metodologia para relatórios GEO em nível de grandes regiões e nacional e propôs, em Johannesburgo, depois de apoiar a iniciativa ambiental para a América Latina e Caribe, que fossem escolhidas seis cidades na região para realizar relatórios Geocities. Ou seja, relatórios de cidades.
Foi a primeira vez que as três esferas de governo se reuniram com o Pnuma. A idéia é que a agência das Nações Unidas apóie a realização de um sistema único de informações ambientais, bem como ações que integrem União, estados e municípios. "Os estados, por exemplo, se ressentem de indicadores. Sem essa informação, o gestor não tem como tomar decisão alguma. Em nível de estado e de município acontece, muitas vezes, de não haver dinheiro, nem capacitação para isso", disse Alexandrina.
