Cartão Alimentação, principal ação do Fome Zero, atinge a marca das 300 mil famílias atendidas

14/08/2003 - 19h37

Brasília, 14/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Cartão Alimentação, principal ação emergencial do programa Fome Zero do governo federal, alcançou a marca das 300 mil famílias atendidas no início do mês de agosto. De acordo com o Secretário do Programa Comunidade Solidária, José Giacomo Baccarin, do Ministério de Segurança Alimentar e Combate à Fome (Mesa), o Programa Cartão Alimentação superou as expectativas: 1237 municípios já foram capacitados. "A meta era chegar a mil municípios até o final de 2003", destacou.

O ministério divulgou seu balanço mensal nesta quinta, 14. Aproximadamente 298 mil famílias carentes, em 377 municípios da região do semi-árido brasileiro, já estão sendo beneficiadas pelo programa. Segundo o secretário, o que possibilitou chegar a esses resultados foram as prefeituras, capacitadas para iniciar a distribuição de R$ 50 – o valor do cartão, para as famílias necessitadas. "Nós tivemos um bom auxílio dos governadores com os contatos nos municípios", revelou.

Atualmente existem 637 Comitês Gestores em nove estados do Nordeste e em Minas Gerais. Eles são responsáveis por fiscalizar a lista de famílias que tem o direito ao Cartão em cada município. A expectativa até setembro é atender um milhão de famílias, em 1700 municípios credenciados.

Para iniciar o pagamento, cada município precisa implantar um Comitê Gestor Local. Segundo Baccarin, na região Norte, próximo alvo do programa após sua consolidação no semi-árido nordestino, o Programa deve atingir municípios que tenham menos de 75 mil habitantes. "Vinte e um municípios do estado do Acre, por exemplo, já iniciaram parceria com a gente e estão sendo capacitados", afirmou.

Dados do Mesa revelam que, de abril a agosto deste ano, cerca de 500 mil famílias receberam o pagamento, o que equivale à liberação de R$ 50 milhões. Por ano, a média que o secretário estima é de um milhão de famílias atendidas por R$ 600 milhões e/ou 1,5 milhões de famílias por R$ 900 milhões.

Além do Cartão Alimentação, estão em atuação nesses municípios programas de alfabetização de adultos e de construção de cisternas. A idéia é que essas ações - ditas "estruturantes" no plano do Fome Zero - colaborem para que, a médio e longo prazo, os beneficiados possam deixar de receber o cartão e gerem sua própria renda. "O resultado não beneficia somente as famílias que recebem o cartão e sim a economia local", explicou Baccarin.