Brasília, 13/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Procuradoria Geral da República promoveu hoje seminário para discutir juntamente com os outros órgãos públicos e entidades representativas da sociedade civil medidas concretas de combate a impunidade de crimes financeiros e lavagem de dinheiro. As palestras questionaram a relação de dependência e a falta de controle ao sistema financeiro, o sigilo bancário, as velhas políticas essenciais brasileiras de submissão dos mercados financeiros e a complacência com casos de imoralidade que comprometem supostos aliados do Governo Federal e que vem sendo mantida pelo governo Lula.

O seminário firmou a idéia de união nas entidades e mobilização da sociedade para uma ação que não seja apenas de crítica aos rumos do governo, mas que seja de pressão cidadã em favor de mudanças efetivas. De acordo com o procurador Antonio Martins, integrante do Ação pela Tributação das Transações Financeiras Internacionais, para que essas mudanças de transformação social aconteçam no Estado brasileiro como um todo é necessário conscientizar a sociedade dessas relações sociais para que ela possa ter condições de lutar e fazer pressões no estado.

Um dos pontos mais questionados no seminário foi o sigilo bancário e a comunicação entre os órgãos públicos. De acordo com Raquel Branquinho, Procuradora da República no Distrito Federal, o sigilo bancário atrapalha as investigações criminais, principalmente das contas CC-5 que á acobertada por sigilo. "Seria essencial que se criasse mecanismos de controle financeiro e quebrasse o sigilo bancário", afirmou.