Vôlei de praia traz duas medalhas para o Brasil

11/08/2003 - 9h48

Brasília, 11/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O vôlei de praia traz duas medalhas para o Brasil. Queria um pouco mais, esperava subir mais alto no pódio, mas o balanço final do desempenho de Ana Richa/Larissa e Paulo Emílio/Luizão foi positivo e, de certa forma, dentro do esperado, disse Marcelo Wangler, chefe da equipe. Para Marcelo, o resultado pode não ter chegado onde todos queriam, ou seja, às duas medalhas de ouro, mas a prata e o bronze conquistados nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo têm de ser muito comemorados. "Antes de chegar aqui, eu queria duas finais. Era a nossa expectativa. Depois que cheguei em Santo Domingo e vi as condições da arena, fiquei um pouco preocupado, mas não menos confiante. Todos sabiam que Cuba, Estados Unidos, Porto Rico e México haviam trazido boas duplas e que não seria moleza. Nossas duas derrotas foram para Cuba, perdemos para duas parcerias muito boas, as principais de Cuba, experientes e que correm o Circuito Mundial", comentou.

O resultado na República Dominicana não foi tão bom quanto o de Winnipeg-99. No Pan-Americano do Canadá, o Brasil levou mais gente (duas duplas masculinas e outras duas femininas) e trouxe três medalhas: ouro (Adriana Behar/Shelda), prata (Lula/Adriano) e bronze (Franco/Roberto Lopes). Com um representante em cada torneio em Santo Domingo,
o Brasil enfrentou problemas cedo, com a contusão de Paulão, companheiro de Paulo Emílio, que se machucou no ombro direito poucos dias antes do embarque e deu lugar a Luizão. "Tivemos chances de conquistar o ouro. Ficamos perto, mas não deu. Estamos de parabéns, pois poucos acreditavam que essa dupla, juntada às pressas, que sequer treinou um dia antes da vinda para os
Jogos, poderia ter sucesso. E ela teve", frisou Carlos Magno Barros, técnico da dupla masculina.

A reclamação com relação ao piso foi unanimidade entre homens e mulheres. O chão duro da arena da Feria Ganadera - uma praça de touradas adaptada para a competição - foi o vilão do campeonato. Mas nada de desculpas. "O chão atrapalhou muito mesmo, principalmente para os brasileiros. Aqui não se jogou o vôlei de praia que estamos acostumados, se a competição fosse na areia mesmo, na areia de praia, acredito que o resultado poderia ser diferente. Queríamos o ouro, lutamos para isso, veio o bronze e temos que comemorar. É uma medalha muito valiosa e
especial, levar a bandeira do Brasil ao pódio é um orgulho, é a sensação do dever cumprido", afirmou Marcelo Penner, técnico de Ana Richa/Larissa.
--------------
GA